top of page

Como a 4IR está impactando a Educação Corporativa?

  • Foto do escritor: Lucia Cuque
    Lucia Cuque
  • 28 de jan. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 2 de abr. de 2020



A Quarta Revolução Industrial (4IR) trouxe impactos para o trabalho, os trabalhadores e as empresas, em todo o mundo. As empresas pretendem, com as novas tecnologias, aumentar os seus níveis de eficiência, expandir para novos mercados e competir por uma base de consumidores composta cada vez mais pelas gerações de nativos digitais.


A tecnologia digital, a robótica, a automação e a inteligência artificial transformaram o trabalho numa atividade de natureza mutável. Algumas atividades já estão sendo automatizadas, outras, transformadas e novos campos de atuação estão sendo criados. Quais habilidades serão necessárias? Que tipo de emprego, ou trabalho, surgirá? Essas são dúvidas de toda a sociedade.


Diversos órgãos internacionais têm pesquisado e publicado documentos sobre o futuro do trabalho. O World Economic Forum (WEF) realizou, em 2018, a pesquisa The Future of Work (versão mais atual), sobre as estratégias das organizações, para o período de 4 anos (2018 a 2022). Nesse relatório, os líderes empresariais previram:


  1. Aumento dos investimentos em: internet móvel onipresente de alta velocidade; inteligência artificial; análise de big data; tecnologia em nuvem;

  2. Intenção de adotar a análise de big data de usuários e entidades, cloud computing, machine learning, realidade aumentada e realidade virtual;

  3. Investimentos em robôs;

  4. Modificações na forma como produzem e distribuem os seu produtos;

  5. Alteração em sua base geográfica de operações, pois 74%, dos entrevistados disseram que a definição do local de trabalho dependeria da disponibilidade de talentos locais qualificados;

  6. Quase 50% das empresas esperam que a automação leve à redução na força de trabalho que atua em tempo integral;

  7. 38% das empresas pesquisadas esperam preparar sua força de trabalho para novas funções;

  8. As principais funções emergentes de trabalho estão vinculadas às Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs);

  9. Presume-se uma alteração média de 42% das habilidades básicas necessárias aos profissionais;

  10. Os funcionários precisarão requalificar-se, ou de qualificação em novas tecnologias e competências humanas.

A tecnologia acelerou as mudanças no ecossistema do trabalho; estimulou a criação de modelos alternativos de emprego; e impulsionou a transformação das estruturas organizacionais para formatos mais planos e funcionais.

Neste mundo em rápida mutação e altamente interligado, o profissional precisa dispor de variado portfólio de qualificações e competências, além de aprender novas atividades e se autodesenvolver, isto é, lifelong learning e lifelong development.


O cenário apresentado pela 4IR demanda a adoção de novas diretrizes relacionadas aos Recursos Humanos (RH), área responsável por projetar soluções que equilibrem as relações entre pessoas e tecnologias.

Os líderes empresariais, apoiados pelo RH, precisam implantar seis diretrizes, segundo o relatório HR 4.0: Six Imperatives for the Workforce of the Future (WEF, 2019):


  1. Desenvolver novas capacidades de liderança para a 4IR;

  2. Gerenciar a integração da tecnologia com a força de trabalho;

  3. Aprimorar a experiência do funcionário;

  4. Construir uma cultura de aprendizado ágil e personalizada;

  5. Estabelecer métricas que valorizem o capital humano;

  6. Incorporar a diversidade e inclusão.


Para a European Commission, até o ano de 2030, os trabalhos que devem ter sua demanda aumentada são aqueles que exigem ensino superior, uso intensivo de habilidades e competências pessoais, sociais e interpretativas e, pelo menos, um conhecimento básico de TICs.


A educação corporativa orientada para competências é a resposta possível para esta época de rápida expansão do conhecimento, mudanças no escopo do trabalho, complexidade das atribuições, e habilidades que precisam ser transferidas e desenvolvidas


As trilhas de aprendizagem, por sua vez, devem ser orientadas para as competências a serem desenvolvidas; focar nos resultados do processo e na aplicação dos conhecimentos em novos e diferentes contextos.


As ações de educação corporativa, orientadas para competências, demandam:


  1. Abordagens interdisciplinares;

  2. Mais ênfase nos estilos de aprendizagem e nas metodologias de ensino ativas e interativas, combinando aprendizado formal com aprendizado não formal e informal;

  3. Constante colaboração entre as partes interessadas e a comunidade local;

  4. Um novo papel do professor, facilitador, instrutor e/ou educador, na orientação dos processos de aprendizagem;

  5. Nova abordagem de avaliação.


O planejamento das ações da área de educação corporativa, deve contemplar, além dos objetivos e competências necessárias ao negócio, a diversidade de gerações que atualmente atuam no ambiente de trabalho, seus estilos de aprendizagem e valores. As abordagens diversificadas de aprendizagem devem potencializar o desenvolvimento de todas as gerações de colaboradores.

Os relatórios da WEF, The Future of Work e HR 4.0: Six Imperatives for the Workforce of the Future, estão disponíveis para serem baixados gratuitamente: basta clicar no link.


 
 
 

Comments


bottom of page